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quinta-feira, 10 de abril de 2014

As minhas, as suas, as nossas necessidades

Quais são as suas necessidades?
Do que você precisa para viver hoje muito bem?
Viver bem?
Simplesmente viver ou apenas sobreviver?

Expressar as ideias, dormir com a consciência tranquila, sentir-se realizado, ter um bom trabalho, amor verdadeiro, amigos leais, um jardim florido, saúde, o dinheiro para o remédio, o carro do ano, um veículo qualquer, combustível para abastecer esse veículo, concluir o projeto da faculdade, pintar o cabelo a cada duas semanas, uma ponte, colo, beber um copo de água bem gelada depois da corrida, comprar livros, ter a carteira assinada, viajar de férias, uma família, farinha de trigo para fazer o pão do ganha-pão, mais ovo, mais leite, um cobertor quentinho, um cobertor “de orelha”, uma palavra de apoio, um elogio, conhecer mais de Deus, passar no concurso.


Nada é menor, menos importante, se comparamos as necessidades entre uma e outra pessoa. Pode ser menor, menos importante se comparamos com nossas próprias necessidades. Em determinado momento talvez seja mais do que necessário ouvir música todo dia antes de dormir. Em outro, é necessidade absoluta tomar um banho antes de dormir. Em algum outro, imprescindível mesmo é dormir.
A privação das nossas necessidades nos expõe diante do que somos e do que podemos nos tornar. Quanto se pode suportar com o excesso de falta, o racionamento do que é necessário, antes de se entregar ao desespero?


Há quem não se conforme em ficar sem o necessário para viver muito bem.
Há quem reclame quando falta aquilo que garante uma boa vida.
Tem quem enlouqueça diante da perda de algumas necessidades vitais.
Existem os que se inquietam quando pressentem a ausência do que permite a sobrevivência.
Há quem não se apega, quem se priva, quem exercita o autocontrole sobre as suas necessidades...
Há quem não se importa mais, não reage, não reconhece mais as suas necessidades. Nem as maiores, nem as mais básicas.


EU PRECISO ESCREVER LIVREMENTE PARA ME SENTIR LIVRE.
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Ana precisa de atenção e de mingau quente.
Manoel precisa que o rio Caipora baixe para que volte ao lugar que nem sabe se ainda existe.
Nilson precisa reconstruir a casa.
Alguém perto das nossas casas precisa de alimento.
Chico precisa criar vergonha na cara.
Sâmia precisa passar mais tempo com o filho.
Mirtes precisa ver o filho livre das drogas.
Link precisa de ração + molho para ser feliz.
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"Eu uso o necessário
Somente o necessário
O extraordinário é demais
Eu digo necessário
Somente o necessário
Por isso é que essa vida eu vivo em paz”, em Mogli.

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