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sexta-feira, 11 de abril de 2014

A Feira


Em curtíssima temporada em Rio Branco, somente neste fim de semana (12 e 13 de abril), no Teatro Plácido de Castro, o Grupo do Palhaço Tenorino (GPT) encena A feira, espetáculo produzido em 2013. Dirigido pelo ator e diretor José Maciel Silva, a partir da primeira experiência de intercâmbio cultural promovida pelo grupo, o texto é de autoria da escritora potiguar Lourdes Nunes Ramalho que disse estar satisfeita com a atuação do GPT e o cita como referência para outros grupos teatrais no país.

Maciel está em Rio Branco e acompanha o projeto A escola vai À Feira, criado pelo GPT e aprovado pela lei municipal de incentivo à cultura que leva alunos dos programas de Educação de Jovens e Adultos (EJA) ao teatro. 

- Muito bom mesmo. Uma iniciativa brilhante, diz o diretor.

José Maciel aproveita para trocar experiências com os grupos de quadrilhas juninas no Acre, que já se preparam para o festival anual de quadrilhas. 

A Feira - Grupo do Palhaço Tenorino
Texto de Lourdes Nunes Ramalho
Direção de José Maciel Silva
Dias: 12 e 13 de abril
Local: Teatro Plácido de Castro
Hora: 20h30Ingressos: 
R$ 20
R$ 10 (meia entrada)
Classificação: 14 anos


quinta-feira, 10 de abril de 2014

As minhas, as suas, as nossas necessidades

Quais são as suas necessidades?
Do que você precisa para viver hoje muito bem?
Viver bem?
Simplesmente viver ou apenas sobreviver?

Expressar as ideias, dormir com a consciência tranquila, sentir-se realizado, ter um bom trabalho, amor verdadeiro, amigos leais, um jardim florido, saúde, o dinheiro para o remédio, o carro do ano, um veículo qualquer, combustível para abastecer esse veículo, concluir o projeto da faculdade, pintar o cabelo a cada duas semanas, uma ponte, colo, beber um copo de água bem gelada depois da corrida, comprar livros, ter a carteira assinada, viajar de férias, uma família, farinha de trigo para fazer o pão do ganha-pão, mais ovo, mais leite, um cobertor quentinho, um cobertor “de orelha”, uma palavra de apoio, um elogio, conhecer mais de Deus, passar no concurso.


Nada é menor, menos importante, se comparamos as necessidades entre uma e outra pessoa. Pode ser menor, menos importante se comparamos com nossas próprias necessidades. Em determinado momento talvez seja mais do que necessário ouvir música todo dia antes de dormir. Em outro, é necessidade absoluta tomar um banho antes de dormir. Em algum outro, imprescindível mesmo é dormir.
A privação das nossas necessidades nos expõe diante do que somos e do que podemos nos tornar. Quanto se pode suportar com o excesso de falta, o racionamento do que é necessário, antes de se entregar ao desespero?


Há quem não se conforme em ficar sem o necessário para viver muito bem.
Há quem reclame quando falta aquilo que garante uma boa vida.
Tem quem enlouqueça diante da perda de algumas necessidades vitais.
Existem os que se inquietam quando pressentem a ausência do que permite a sobrevivência.
Há quem não se apega, quem se priva, quem exercita o autocontrole sobre as suas necessidades...
Há quem não se importa mais, não reage, não reconhece mais as suas necessidades. Nem as maiores, nem as mais básicas.


EU PRECISO ESCREVER LIVREMENTE PARA ME SENTIR LIVRE.
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Ana precisa de atenção e de mingau quente.
Manoel precisa que o rio Caipora baixe para que volte ao lugar que nem sabe se ainda existe.
Nilson precisa reconstruir a casa.
Alguém perto das nossas casas precisa de alimento.
Chico precisa criar vergonha na cara.
Sâmia precisa passar mais tempo com o filho.
Mirtes precisa ver o filho livre das drogas.
Link precisa de ração + molho para ser feliz.
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"Eu uso o necessário
Somente o necessário
O extraordinário é demais
Eu digo necessário
Somente o necessário
Por isso é que essa vida eu vivo em paz”, em Mogli.

sábado, 5 de abril de 2014

Vamos?

Recomeçar, não! Começar. É o início.
O princípio de uma história recente.
É claro que vai ter passado e futuro.
Nenhum de nós finaliza-se em si mesmo ou em datas.
Elas servem somente para nos localizar  no percurso.
Vamos?